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Fazendo Acarajé e Vatapá!

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Esse foi o resultado final. Estava uma delícia!
Acordei ouvindo blues. Podem procurar “Buddy Guy – Five Long Years”, é de matar! Blues é uma das minhas principais escolas na profissão que escolhi. Após reenergizar com esse belíssimo som, lá fui eu começar a preparar o Acarajé. Mesma sensação do Frango Desossado (post anterior): “e agora?”, é a pergunta que me acompanha no início de alguns rangos que nunca fiz.

Comecei cortando pro vatapá as cebolas, tomates, pimentão, etc., como não me organizei direito, o início foi meio bagunçado e isso atrapalhou um pouco, mas aí decidi organizar melhor: faz o leite de coco (coco ralado no mercado – fresquinho!), bate no liquidificador o leite com as castanhas e o amendoim, apesar de, depois de bater tudo, pensei: poderia ter deixado uma parte do amendoim pra deixar o vatapá com algo crocante, fica pra próxima.

Dei uma pausa no vatapá e fui fazer a massa do acarajé. E agora? Eu não tinha nem o modo de preparo do vatapá, nem o modo de preparo da massa, teve que ser no tato mesmo. Dividi a massa em 3 partes para bater no processador, primeiro a cebola, depois sal e feijão fradinho já hidratado (dica: comprei já descascado e quebrado no mercado) após deixar de molho por 12h. Me bati pra achar o ponto, a primeira parte ficou bacana, a segunda fui inventar de fazer de uma forma diferente, ficou aguada, ai compensei com a terceira parte mais consistente e tudo ficou beleza.

Uma das três parte do acarajé.
Uma história intrigante. Quando fui comprar as castanhas e amendoim no empório do mercado municipal, conversando com o vendedor, disse que era pro acarajé e pus a sacola do feijão descascado e quebrado no balcão dele, daí ele pergunta: “Oxe? E onde você descascou isso??” Respondi prontamente: “Vende ali naquela barraca já descascado”. O homem fez uma cara de surpresa e disse: “a minha vida toda descasquei e no meu local de trabalho vende... vou rodar mais esse mercado, trabalho aqui há anos”. Vá entender...  

Massa pronta, deixei repousar por uns 10 minutos, foi o tempo de ajeitar o vatapá. Enquanto ia refogando os ingredientes do vatapá no dendê, comecei a bater a massa do acarajé com uma colher de pau grande (bater a massa, não mexer!). Haja braço, agora está explicado porquê quem vende acarajé tem tanta força.

Batendo o acarajé.
Nesse momento o vatapá já estava quase pronto, aí o dilema: “quanto de gengibre colocar?”. Resolvi colocar uma colher de café rasa de gengibre em pó (esse bicho também é forte!), ficou bom, apesar de achar que pegaria mais. Na hora de engrossar o vatapá, eu acabei exagerando na farinha de trigo e ficou muito grosso, coloquei um pouco mais de leite de coco e um pouquinho mais de dendê. Taí dois erros a não cometer: o leite de coco a mais deixou o vatapá um pouco doce, apesar d’eu ter gostado, e o dendê ficou levemente exagerado, por sorte, quando o vatapá ficou descansando enquanto fritava os acarajés, o dendê foi decantando e deu pra tirar o excesso, maravilha!

Vatapá! Isso estava bom, viu...?
Na hora de fritar os acarajés, “onde fritar?”, porque as panelas que tinha ou eram muito grandes (talvez tenha comprado pouco dendê) e o acarajé não boiava, ou eram muito pequenas e poderia bater no canto. Tive que fritar de um em um no cuscuzeiro (foram 16... =X ) os primeiros saíram bons, outros viravam pastéis esquisitos, não bolinhos, imaginei que se parasse de bater poderia perder a consistência e, coincidentemente ou não, melhorou a consistência dos bolinhos quando eu voltei a bater a massa.  De 16, um queimou de leve, é, está bom!

Fritando no cuscuzeiro, fazer o quê...
Tudo pronto...!

Não, esqueci o vinagrete, mas isso foi rapidamente resolvido.
O resto foi só alegria!!!!!

Não, tinha uma pilha de panelas e coisas pra lavar.

Agora sim, alegria!!

É... misturado com cansaço... mas valeu a pena, demais!

E.. cadê o camarão? Rs...

Tenho alergia a camarão, por isso a proteína que acompanhou o acarajé (além das castanhas e amendoins) foi frango desfiado. Primeira vez que como acarajé e vatapá. Como minha alergia é muito forte, nunca arrisquei comer por aí mesmo pedindo pra não colocar camarão, pois pode ter contaminação cruzada, aí já era. Com certeza farei outras vezes com os ajustes necessários pra sair melhor!!

A lição que aprendi com o frango desossado foi: paciência!! No acarajé foi posto em prática! Por outro lado, as lições que foram aprendidas hoje: organização e planejamento sobre como proceder o acarajé e o vatapá, isso facilitaria bastante se eu tivesse seguido à risca o que aprendi no curso de Auxiliar de Cozinha e no de Cozinheiro atualmente.

ACARAJÉ
400g de feijão fradinho descascado
2 cebolas médias
Água (se precisar/pouca)
Para fritar – 1,5 ~ 2 litros de azeite de dendê (e uma cebola pequena inteira para não queimar)
Sal a gosto (lembre de provar pra ajustar o sal)

VATAPÁ
Proteína: Frango, peixe, camarão, cogumelos (para receita vegana)(pus 90g de frango desfiado pra mim)
500ml de leite de coco (de preferência natural – 2 cocos grandes mais ou menos)
60g amendoim torrado e sem pele
80g de castanha de caju torrada
150g de cebola
60g~80g de farinha de trigo
Uma colher de chá rasa de Gengibre em pó
Quanto baste de Azeite de Dendê
50g Pimentão (pus pouco mesmo)
2 tomates médios
Sal a gosto (lembre de provar pra ajustar o sal)

4 comentários:

Opaaa! Aí siiim =D da próxima vez que fizer vatapá, procure pelas receitas com pão dormido ao invés de farinha de trigo...fica muuuito mais gostoso! E o gengibre, pode arriscar uma colher de chá dele fresco ralado :))

Aeee Dani! Eu preferi pecar por colocar menos do que mais gengibre. Usei em pó por questão de praticidade mesmo, mas imagino que fresco e ralado na hora deve ser mais gostoso... vou testar! Cheguei a ver com pão dormido quando estava pesquisando, vou testar da próxima também! Obrigado!

parabéns !!Já está se tornando um chef .Sucesso!!

Sô fã de acarajé completo com um tiquinho de pimenta, a Rita que diga, então posso falar com autoridade, "Tava bom demais" não senti falta nem do camarão. Obrigada por compartilhar essas delícias com a gente. Bjs crocantes.

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